sábado, 9 de janeiro de 2010

Animais no Circo. Continua a "caça às bruxas".

Vocês tem idéia do que estão fazendo?
Vocês tem uma déia de quantas crianças nunca terão oportunidade de ver um animal a não ser num circo ou em zoológicos fétidos que com a pretensão de exibir esse mesmos animais, cobram entrada como qualquer circo. Coloquem a mão na consciência e pensem o quanto estão sendo desumanos ao classificar os circos como vilões.
Não sou circense. Trabalhei no Circo Orlando Orfei durante 10 anos, de 70 a 80, e nunca vi os animais serem maltratados. Às
vezes ficávamos sem o pagamento semanal, mas os animais recebiam a melhor alimentação. Afinal, além de serem nosso colegas de trabalho, dependiam de nós e quem iria maltratar um investimento de milhões de dólares. Testemunhei a luta para salvar cavalos que tinha seus intestinos obstruídos por enterolitíase. Deslocávamos o diretor do zoológico de São Paulo, e levávamos o animal para tirar radiografias do intestino, no único aparelho no país. Horas a fio andando com o animal na pista, fazendo-o ingerir óleo mineral, rezando para ela não morrer, por que era nosso amigo e porque um número de 10 animais, ficaria desfalcado. Mesmo assim, em contrapartida ninguém fala dos rodeios e vaquejadas que, com o pretexto de levar as tradições sertanejas ao povo, é o verdadeiro Circo Romano. Onde os testículos dos animais são apertados até à dor total, todas as noites, para que eles pulem. A maioria destes animais nunca mais vai procriar. Repito, não sou circense de nascimento. Sou um técnico que supervisionou som, luz, eletricidade, geração de energia e águas dançantes durante uma década. Dentro do circo aprendi a respeitar a diversidade humana, pela sua itinerância. Não se pode acusar uma classe inteira, de maltratar os animais. Isto é uma versão do macarthismo tropical. Isto é Nazismo na sua pior forma. Parabéns. Conseguiram. O Circo Orfei e muitos outros circos suspenderam seus espetáculos. Centenas de famílias ficaram sem emprego. Dezenas de animais, que viviam em circos foram seqüestrados e morreram em instalações do IBAMA e de ONGS inescrupulosas. Mas não são todas senão eu estaria sendo radical. Se eu pudesse nem comeria carne, pois tenho consciência de que, aqueles animais que chegam à minha mesa, na maioria das vezes sofreram ao ser mortos. Os animais para abate, que são vendidos para os países praticantes do Islamismo ou budismo, suas mortes são supervisionadas por imãs ou monges, que perdem perdão. Hipocrisia? Claro que não. Realidade! Nosso mundo de 6,6 bilhões de pessoas, não pode dispensar as proteínas da carne, afinal somos carnívoros. A maioria dos animais que trabalham em circos nem são da fauna brasileira, portanto não ferem leis de proteção à Fauna em extinção. A maioria dos animais que trabalham em circo, nasceram em cativeiro para esse fim. Então vamos acabar com todas as criações de animais para pesquisa, para alimentação, para confeccionar vestuário, etc. Caramba! É tão claro. Tão racional. E tão injusto. Amo o Circo e seus integrantes pela forma simples de viverem e levarem alegria onde a mídia normal nem se atreve a chegar por motivos econômicos. O Circense é um lutador. Faz parte de uma casta de idealistas que come circo, respira circo e vive circo. Tirar os animais do circo, é a mesma coisa que entrar numa casa e tirar seus animais de estimação. Tentem fazê-lo. Circos, rodeios, vaquejadas, burros levando carga, cavalos puxando charretes, zoológicos, ONGS para “proteção” e exibição de animais, tudo é válido, se houver amor pelos animais. Essa História de que os animais tem a viver no seu ambiente natural, teria que ser reavaliada desde que o primeiro animal selvagem optou por ficar perto do Homem. Sim. Porque, uma vez soltos a maioria opta em voltar. O xiitas até chamariam de “síndrome de estocolmo” Só faltava mais essa. Com se dizia na minha terra “vão cavar uma vinha”.

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