Quem disse que gentileza, não pode se tornar praticidade. Ontem, na fila do Supermercado Guanabara, uma cliente se ofereçeu para ajudar-me a empacotar as compras.
O argumento dela, ante minha surpresa. - Assim eu ajudo o Sr. e em vez de ficar esperando, acelero o meu atendimento.
No final apertei a mão dessa senhora sob o testemunho meio surpreso da caixa. Não me importei em saber o nome dessa senhora (uns 34 anos), pois o ato dela é seu melhor prémio. Às vezes simples decisões melhoram nosso dia-a-dia. Se essa senhora, em vez de tentar levar vantagem, procurar filas menores, o que eu acho uma decisão de lógica, decidir ajudar o cliente da frente, vai com certeza, ser atendida mais rápido, e se a que estiver atrás fizer o mesmo vai formar uma corrente que no final vai benificiar a todos.
Tem gente que acha que sinais e quebra-molas (que maravilha), são obrigatórias no caótico sistemas de ruas e avenidas das nossas grandes cidades. Ledo engano. Sinais e quebra-molas só deixam os motoristas nervosos e a médio prazo, pioram o trânsito. Fiquei atônito, quando eu e minha esposa, colocamos o pé na rua em Paracambi e todos os carros pararam, sem nenhum sinal, a não ser as faixas convencionais para passagem de pedestres. Paracambi, cidade pequena, situada a 50 kms do Rio de janeiro, só tem um ou dois sinais, mas tem a educação da cidadania. Todas as vezes que agridem o cidadão inocente que quer ter o direito de ir e vir e paga caro por ele, consciente ou inconscientemente, ele vai se vingar.
Parabéns, senhora do Guanabara. Com aquele gesto de ontem resgatou em mim um fio de esperança de solidariedade expontanea entre seres humanos. E é por isso que eu gosto do Brasil, dos fluminenes e principalmente da cidade onde vivo, Nova Iguaçu.
diHITT - Notícias