Existe um maldição para quem vive fora do Brasil por um tempo. Descobre que a nossa qualidade de vida é um droga. Assim aconteceu com o colunista e comentarista do Manhattan Connection, Diogo Mainardi que ora vive em Veneza - "Vocês estão aí no Brasil vivendo num país rico. Quinta econoomia do mundo. Eu estou aqui na Itália. Um país pobre. Décima economia do mundo. Mas todos os dias tomo um bom vinho. Como num bom restaurante. Tenho o padrão de vida que mereco". O Mainard tem razão. Por ter vivido mais tempo fora do Brasil, não posso deixar de fazer comparação. Mas aí vem a direita, ou será esquerda festiva e critica-me, dizendo que não tem que comparar. Tem que comparar sim. Ou não somos um país globalizado. Se somos capitalistas, temos de receber os dividendos do sócio maior que é o governo rico, que não distribui a lucros com os 193 milhões de sócios. Não interessa nada se vai provocar inflação. Eles estão sendo pagos para evitar isso. Se somos um país socialista, mais um motivo para a pátria rica subsidiar educação, saúde, segurança, transporte, impostos baixos. Afinal ela é rica. Vamos lá: Na Europa das crises, as cidades estão se reunindo para dar melhor qualidade de vida ao seu povo. Vide matéria da Globo News sobre o norte da Itália. No Japão arrasado, pede-se ao povo que trabalhe menos e viva mais. Vai dar volta por cima fácil, fácil. Porque o governo não finge que governa e o povo não finge que não vê nada. Precisamos cobrar do sócio majoritário nossa cota nos lucros. Queremos apenas comer melhor, beber melhor, poder andar nos nossos carros sem o remorso de estarmos pagando por uma das gasolinas mais caras do mundo. Vivemos uma mentira. Quem sabe disso é a dona de casa que viu os prêços nos supermercados, quase dobrarem de prêço em dois anos. Que conta é esta. Quais os índices que utilizam para calcular a inflação. O que importa hoje, é a qualidade de vida do povo em todos os sentidos.
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